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Informativo

Sempre gosto de lembrar aos leitores que este blog tem como intenção trazer à tona a informação, o conhecimento e o debate democrático sobre os assuntos mais variados do nosso cotidiano, fazendo com que todos se sintam atualizados.

Na medida em que você vai se identificando com os assuntos, opine a respeito, se manifeste, não tenha medo de errar, pois a sua opinião é de suma importância para o funcionamento e a real função deste espaço, qual seja, a de levar a todos o pensamento e a reflexão.

O diálogo sobre o que é escrito aqui e sobre o que vem acontecendo ao nosso redor é muito mais valioso e poderoso do que podemos imaginar.

Portanto, sinta-se em casa, leia, informe-se e opine. Estou aqui para opinar, dialogar, debater, pensar, refletir e aprender. Faça o mesmo.

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quarta-feira, 29 de março de 2017

Minha nova mentora espiritual - Monja Coen.



A Monja Coen iniciou seus estudos budistas no Zen Center de Los Angeles (ZCLA). 
Foi ordenada monja em 1983 e, no mesmo ano, foi para o Japão, onde se dedicou por 12 anos à vida religiosa entre estudos e práticas. 
Participou de vários cursos e programas de formação para monges, tendo se graduado no mestrado da tradição Sotoshu. 
Retornou ao Brasil em 1995 e durante anos liderou as atividades do Templo Bushinji, no bairro da Liberdade, em São Paulo, e sede da Tradição Sotoshu para a América do Sul. 
Em 1997, foi a primeira mulher e primeira pessoa de origem não japonesa a assumir a presidência da Federação das Seitas Budistas do Brasil. 
A Monja Coen participa de encontros educacionais inter-religiosos e promove a Caminhada Zen em parques públicos, com o objetivo de divulgar o princípio da não violência e a criação de uma cultura de paz, justiça e cura da Terra e de todos os seres vivos.
Cláudia Dias Baptista de Sousa (São Paulo, 30 de junho de 1947[1]), conhecida como Monja Coen Roshi, é uma monja zen budista brasileira e missionária oficial da tradição Soto Shu com sede no Japão.
Monja Coen também é a Primaz Fundadora da Comunidade Zen Budista criada em 2001 com sede em Pacaembu, São Paulo. 
Seu pai era filho de portugueses e sua mãe oriunda de família paulista quatrocentona (Dias Baptista), de grandes proprietários de terra. 
Ela é prima de Sérgio Dias Baptista, Arnaldo Dias Baptista e Cláudio César Dias Baptista, mais conhecidos por seus trabalhos com a banda Mutantes.
Criada no Cristianismo, dedicou-se para estudar no Zen Center of Los Angeles em 1983, logo depois partindo para ao Japão e convertendo-se à tradição budista deles no Convento Zen Budista de Nagoia, Aichi Senmon Nisodo e Tokubetsu Nisodo. 
Antes de ser religiosa foi repórter em diversos jornais do Brasil.

De volta à São Paulo, em 1995, liderou atividades no Templo Busshinji, tornando-se a primeira mulher e a primeira monja de descendência não-japonesa a assumir a Presidência da Federação das Seitas Budistas do Brasil por um ano. 
A Monja Coen é mais conhecida por fazer palestras, participar de reuniões e diálogos inter-religiosos e promover a Caminhada Zen, em parques públicos, projeto com objetivos ambientais e de paz.

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segunda-feira, 27 de março de 2017

Terceirização



Muitas pessoas confundem o fato de eu ter todo meu blog decorado com um Anarquista como é o personagem V no filme V de Vingança.
A questão é que o personagem no seu filme, baseado na Conspiração da Pólvora (1605), e o personagem V baseado na pessoa de Guy Fawks, um dos revolucionário que participou da conspiração, não tem um caráter anarquista, mas sim de interesses políticos totalitários.
A conspiração foi revelada para as autoridades em uma carta anônima enviada no dia 26 de outubro a Guilherme Parker, 4.º Barão Monteagle.
Durante uma busca na Câmara dos Lordes por volta da meia-noite de 4 de novembro, Fawkes foi descoberto guardando 36 barris de pólvora – suficiente para destruir completamente a câmara – e preso.
A maioria dos conspiradores fugiu de Londres ao descobrirem sobre a revelação da conspiração, tentando encontrar apoio pelo caminho.
Vários enfrentaram o Xerife de Worcester e seus homens na Casa Holbeche; no confronto que se seguiu, Catesby foi um dos mortos.


Oito dos sobreviventes, incluindo Fawkes, foram julgados em 27 de janeiro de 1606 e condenados a enforcamento, afogamento e esquartejamento.
Disse tudo isto para dizer que o fato de não ser anarquista, nem comunista, nem fascista ou qualquer forma política mais extremada, não me retira o perfil de revolta e de esclarecimento que esse blog tem como intenção levar a seus admiradores.
Hoje me considero mais liberal do que antigamente, quando me dava como social-liberal.
E é por isso que divido com vocês vídeos como os da MLB, canal de Arthur Moledo do Val, por concordar com algumas fundamentações que ele coloca em seus vídeos e pelo fato de considerar, como liberal, que o Estado, enquanto entidade política para a resolução da grande maioria dos problemas, falhou.
Divido com vocês agora um vídeo que vi hoje pela manhã sobre Terceirização e que achei muito interessante.
Espero que curtam. 
  

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sexta-feira, 10 de março de 2017

Vale a pena conhecer o estilo sombrio do tatuador brasileiro Frederico Rabelo.


Vale a pena conhecer o estilo sombrio do tatuador brasileiro Frederico Rabelo.
por Redação Hypeness


Frederico Rabelo é mineiro, tatuador e artista. 
Em vez de pincéis, ele usa agulhas, e tem os corpos dos clientes como telas. 
Seus trabalhos são criados quase sempre em tinta preta, com um nível de detalhes impressionante e marcando um estilo próprio.


Desde criança, Frederico se interessou pela arte, especialmente pelo desenho. 
Na pré-adolescência, começou a se aventurar no pixo, graffitti e lettering. Alguns anos depois, viu na tatuagem uma outra maneira de deixar a veia artística aflorar. 
No começo, dentro da tipografia, depois, com blackwork, pontilhismo e hachuras.
Ele estudou artes visuais no Brasil e em Portugal, e abriu o estúdio Covil Tattoo junto com dois amigos durante a graduação. 
Em seu site é possível conferir, além das tattoos, seu interessante catálogo de artes visuais.


Em entrevista, Frederico conta que considera sua arte uma “externalização visual das coisas em que acredita”
Ele diz estar sempre em construção, pesquisando coisas novas e se dedicando para incluir novos elementos em seus projetos.












Sem dúvidas vale a pena acompanhar seu trabalho, no site e no Instagram!
Todas as fotos © Frederico Rabelo

post: Marcelo Ferla

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Rapidinhas.



Sobre cortes de orçamento e fechamento das clínicas Planned Parenthood (paternidade/maternidade planejada) nos EUA pelo novo presidente.
Lê-se: "Viagra é financiado pelo governo (US$ 41.6 milhões/ano). 
Se gravidez é vontade de Deus, então seu pinto morto também é.".

post: Marcelo Ferla
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Como o bom humor salvou este casamento evacuado por suspeita de incêndio.


Como o bom humor salvou este casamento evacuado por suspeita de incêndio.


Allison Russoniello passou bastante tempo planejando seu casamento. 
O local da festa, o vestido, as flores, o que seria servido aos convidados, tudo foi planejado para que, no dia, nada pudesse estragar sua alegria. 
Nem mesmo uma suspeita de incêndio que fez os bombeiros tirarem todos os convidados do salão.
Alisson, moradora de New Jersey, nos EUA, se casou com Kevin Duffy depois de seis anos juntos. 
A festa estava rolando normalmente até que o alarme de incêndio começou a soar e os funcionários do local pediram para todo mundo evacuar o local.
Os bombeiros foram chamados e localizaram o motivo do cheiro de queimado que tomou conta do lugar: um refrigerador defeituoso. 
Em vez de se estressar com a situação, Allison foi até o caminhão da brigada de incêndio e tirou fotos bem humoradas. 
“O que eu poderia fazer? Chorar ia arruinar minha maquiagem”, disse.



Após a situação ser controlada, ela pediu para os bombeiros voltarem para o salão por um motivo diferente: ela queria tirar uma foto para registrar o ocorrido. 
O fotógrafo Drew Noel foi o responsável pelas imagens, e se disse impressionado com a forma como a noiva lidou com o problema. 
O DJ entrou no clima, tocando músicas como We Didn’t Start the Fire, de Billy Joel, e Fire Burning, de Sean Kingston. 
A divertida Allison concluiu: “Que história teremos para contar aos nossos filhos!”.

post: Marcelo Ferla

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Pão e paz por Beatriz Rodrigues.


Historicamente, a mulher ficou subordinada ao poder masculino, tendo basicamente a função de procriação, de manutenção do lar e de educação dos filhos, numa época em que o valor era a força física. 
Com o passar do tempo, porém, foram sendo criados e produzidos instrumentos que dispensaram a necessidade da força física, mas ainda assim a mulher içou numa posição de inferioridade, sempre destinada a ser um apêndice do homem, jamais seu semelhante.
No século XX, depois das grandes guerras mundiais, dos avanços científicos e tecnológicos, surge irrevogavelmente a possibilidade de outro espaço para a mulher. 
Por volta da década de 40, o feminismo dá seus primeiros passos, e com isso começa a pensar na possibilidade de um futuro diferente daquele que lhe reservaram culturalmente e historicamente. 
As mulheres já vinham em um processo, lento e gradual de conquistas sociais, econômicas e jurídicas, mas é a partir de então que se intensificam as discussões e lutas pela superação da situação das mulheres.
Valdecir Figueiredo

Este é o texto (post) de um amigo que a Dra. Beatriz Rodrigues possui no facebook.
A partir deste ela dá continuidade ao texto iniciado pelo amigo.


Beatriz Rodrigues - Mestre em  Educação pela Universidade de Jàen na Espanha; Psicanalista Clínica; Palestrante; Psicopedagoga Clínica e Institucional; Pedagoga; Especialista em neurociência
Facebook: Psicanalista Beatriz Rodrigues;
email: beatrizpsicanalista@gmail.com    
  

Pão e Paz

Por Psicanalista Beatriz Rodrigues
Para acrescentar, quero relembrar o porquê comemoramos o dia da MULHER,  porque após de séculos como nos mostrou o meu amigo, e, apesar do incêndio da fábrica em 1911, onde 146 MULHERES, foram mortas queimadas e as que sobreviveram, mesmo no tribunal contando a atrocidade vivida, não tiveram nenhum retorno, por que? 
Porque o tribunal era composto por homens.... 
Em  8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então),aproximadamente 90 mil operárias lutaram com o Czar Nicolau II, pelas más condições de trabalho e a fome, em um protesto conhecido como "Pão e Paz".  
Apesar da luta das americanas operárias que já estava acontecendo desde 1908 pela melhoria do trabalho feminino, ainda HOJE nesse mundo capitalista e machista ainda é frequente encontrarmos diferenças de salários e de condições de trabalho.
Dia da MULHER é todo dia???
Você vai mesmo continuar a repetir isso sem pensar criticamente no que está dizendo???
503 MULHERES são agredidas por hora no Brasil, 11 casos de estupro de MULHERES a cada hora em nosso país... isso basta para você parar de repetir que dia da mulher é todo dia? 
Dezenas sofrem vítimas de "crime passional", já viramos o ano com uma notícia triste de um caso, pior que ainda não parou de acontecer, diariamente temos um novo caso. 
No Brasil, chama a atenção o fato do número de mulheres que se suicidam ter crescido mais (17, 80%)
E ai, dá para você parar de repetir que dia da mulher é todo dia?
Todo dia assediadas, todo dia subjugadas, todo dia desrespeitadas. 
Muda a fala ano que vem, ok... você tem um ano para refletir a respeito do que é ser mulher... 
Posso te garantir, por experiência própria, não é fácil, por isso comecei o dia pedindo que elas FUJAM PELAS PORTAS DOS PENSAMENTOS E PELAS RUAS DA AUDÁCIA.

post: Marcelo Ferla
textos: Valdecir Figueiredo e Beatriz Rodrigues
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quinta-feira, 9 de março de 2017

Celulares, TVs e até carros: como a CIA invade dispositivos, segundo o WikiLeaks.


Celulares, TVs e até carros: como a CIA invade dispositivos, segundo o WikiLeaks.
Leo Kelion
Editor de Tecnologia, BBC

CIA não confirma veracidade de afirmações do WikiLeaks.
O site Wikileaks, que divulga conteúdo de documentos confidenciais mundo afora, publicou detalhes do que assegura serem as ferramentas de interceptação de grande alcance usadas pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês).
O portal liderado por Julian Assange aponta que as supostas armas cibernéticas incluem um software malicioso criado para sistemas Windows, Android, iOS, OSX e Linux, além de roteadores de internet.
Parte do desenvolvimento do software ocorreu internamente, segundo o WikiLeaks, mas a agência de inteligência britância MI5 também teria ajudado a elaborar ataques de "spyware"- programas que espionam a atividade de dispositivos secretamente - contra televisões da marca Samsung.
A informação não foi confirmada pela CIA. 
"Não comentamos sobre a autenticidade ou conteúdo de supostos documentos de inteligência", afirmou um porta-voz.
O Ministério do Interior britânico também não se pronunciou a respeito.
De acordo com o WikiLeaks, uma fonte teria compartilhado os supostos detalhes com o portal para levantar um debate sobre a possibilidade de a agência exceder seus atributos com práticas de interceptação.
O site descreve a suposta revelação como a primeira de uma série de divulgações sobre atividades cibernéticas da CIA chamada "Vault 7".

Mensagens do WhatsApp também teriam sido hackeadas, segundo site.
Televisões hackeadas
O mecanismo para comprometer uma série de "smart TVs" (ou televisões inteligentes, com acesso à internet) modelo F8000 da Samsung se chamaria "Weeping Angel" ("Anjo chorão", em português), segundos documentos com data de junho de 2014.
O site descreve a criação de um modo de "falso desligado" nos aparelhos, criado para enganar os usuários e fazê-los acreditarem que as telas não estão em funcionamento.
Assim, segundo os documentos, teriam sido criados mecanismos para gravar secretamente o áudio captado pelas TVs, que seria transmitido pela internet para servidores da CIA assim que as televisões voltassem a ser ligadas (assim como suas conexões a internet por wi-fi).
Em um documento separado chamado "trabalho futuro", sugere-se que também seria possível captar vídeos e fazer transmissões sem necessidade de conexão por wi-fi.
A Samsung não se pronunciou sobre as alegações.

Fundador do Wikileaks, Julian Assange disse que havia risco de proliferação de armas cibernéticas.
Ataques à Apple
O WikiLeaks também afirma que desde o ano passado a CIA teria construído um arsenal de 24 ataques de "dia zero" contra o aparelhos com o sistema Android. 

"Dia zero" é um termo relacionado a falhas de segurança que são desconhecidas pelo fabricante do produto.
De acordo com o site, algumas dessas falhas teriam sido descobertas pela CIA, enquanto outras foram supostamente notadas pela agência de inteligência britânica GCHQ, assim como pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) e por outras entidades que não foram identificadas.
Dispositivos fabricados por empresas como Samsung, HTC e Sony teriam supostamente ficado comprometidos como resultado desta operação. 
Isso teria permitido à CIA ler mensagens de aplicativos como Whatsapp, Signal, Telegram e Weibo, entre outros serviços de bate-papo instantâneo.
O site de Assange também afirma que a CIA teria criado um departamento especializado para acessar iPhones e iPads, o que permitiria à agência acessar a localização geográfica dos usuários, ativar a câmara e o microfone do dispositivo e ler mensagens escritas.
Ainda segundo o Wikileaks, esse departamento teria conseguido vantagens com ataques de "dia zero" ao sistema iOS, da Apple, por meio da britânica GCHQ, da NSA e do FBI.
"É nossa política tradicionalmente não comentar assuntos de inteligência", disse a GCHQ ao ser consultada pela BBC.
"Além disso, todo o trabalho da GCHQ segue um rígido marco legal e de políticas, que assegura que nossas atividades sejam autorizadas, necessárias e proporcionais."

Eletrônicos diversos teriam sido hackeados pela agência de inteligência dos EUA.
Outras afirmações do WikiLeaks indicariam que a CIA:
- Buscaria maneiras de "infectar" sistemas de controle computadorizado de veículos. O portal afirma que assassinatos poderiam ter sido promovidos dessa maneira, sem serem detectados;
- Teria encontrado formas de invadir computadores que não estivessem conectados à internet, nem a outras redes. Fala-se de métodos que incluem esconder dados em imagens ou em partes ocultas de armazenamento da máquina;
- Teria desenvolvido ataques contra marcas populares de antivírus;
- Teria construído uma biblioteca de técnicas de invasão "roubadas" de um software malicioso criado em países como a Rússia.
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Análise: Mark Ward, correspondente de tecnologia
Há uma quantidade enorme de informações nos dados da CIA, mas muitas delas, como seu suposto sucesso em invadir smart TVs, não são tão surpreendentes.
Pesquisadores independentes conseguiram promover interceptações semelhantes, apesar do fato de agentes de inteligência governamental sempre poderem ir além.
Além disso, já se sabe que há falhas de todo tipo nos dispositivos com acesso a internet, inclusive automóveis.
O mais interessante é o trabalho que o WikiLeaks indica em relação a aparelhos iPhone e Android.
Isso porque a Apple trabalha duro para garantir que o sistema operacional iOS seja seguro e porque o Google investiu bastante recentemente para consolidar seu sistema.
Para uma agência de inteligência, o acesso a esses dispositivos é fundamental, uma vez que eles acompanham seus "donos" por toda parte.
O maior prejuízo à CIA seria perder o controle sobre toda a informação sobre falhas de "dia zero" e de softwares maliciosos detalhados nos documentos.
É mais que provável que a agência tenha investido milhões de dólares para ter um arsenal de ferramentas com funcionamento garantido.
Acima de tudo porque essas ferramentas se sustentam sobre falhas, vírus e vulnerabilidades que nunca haviam sido notadas.
Sistemas operacionais de todos os tipos são como grandes "palheiros", e as informações que surgem dessas divulgações soam como um bom mapa de todas as agulhas que se escondem ali dentro.
Com a maioria dos "dia zero" agora queimados, a CIA pode ter que voltar a se entrincheirar por um tempo, mas sem dúvida ainda terá outras ferramentas de ataque armazenadas e prontas para entrar em ação.
O que é mais preocupante é que, à medida que informações sobre bugs sejam reveladas, pessoas mal-intencionadas passem a reuni-las e utilizá-las.

post: Marcelo Ferla

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O plano da Nasa para transformar Marte em um planeta habitável.


O plano da Nasa para transformar Marte em um planeta habitável.

Marte no passado (à esq.) e agora, segundo ilustração feita pela Nasa.
Seus próprios criadores reconhecem que se trata de uma estratégia que pode parecer obra de ficção científica, mas asseguram que é viável.
Cientistas da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, dizem que Marte poderia ser habitável caso fosse criado artificialmente algo que a Terra já tem: um campo magnético protetor.
Esse escudo é essencial para evitar o impacto da radiação e ventos solares potentes.
De acordo com pesquisadores da Divisão de Ciência Planetária da Nasa (PSD, sua sigla em inglês), é possível gerar um campo semelhante ao redor do Planeta Vermelho.
A proposta foi apresentada recentemente em uma oficina do workshop Visões para a Ciência Planetária 2050, realizado pela agência.

De olho no passado
Hoje, Marte é um planeta dominado pelos extremos.
A falta de atmosfera faz, por exemplo, com que a temperatura atinja 20°C durante o dia e -80°C durante a noite.

Campo magnético artificial protegeria Marte da radiação e dos ventos solares.
Mas o Planeta Vermelho era muito diferente no passado: dados das missões Maven, da Nasa, e Mars Express, da ESA ( a agência espacial europeia) sugerem que ele tinha um campo magnético natural.
Essa proteção sumiu há cerca de 4,2 bilhões de anos e, como resultado, a atmosfera marciana desapareceu gradualmente ao longo dos 500 anos seguintes.
O que os pesquisadores propõem, então, é recuperá-la usando tecnologia de ponta para restaurar o planeta Marte do passado, com sua atmosfera, temperaturas mais altas e parte de seus antigos oceanos.

Campo magnético
"No futuro, é bem possível que ela (a tecnologia) possa gerar um campo magnético de 1 a 2 Teslas contra o vento solar", disse Jim Green, da divisão de ciência planetária da Nasa.

Marte é um planeta de condições extremas: as temperaturas vão de -80°C a 20°C.
Green e seus colegas propõem a instalação de um dipolo magnético, na forma de um satélite, para que ele acompanhe o planeta em sua órbita, protegendo-o.
Um dipolo é um elemento específico que produz um campo magnético dipolar (dois polos magnéticos opostos).
O cientista assegura que já foram criadas magnetosferas artificiais em miniatura para proteger tripulantes de naves espaciais.
De acordo com simulações feitas por pesquisadores da Nasa, um campo magnético implantado no chamado ponto de Lagrange L1 seria suficiente para ampliar a espessura da atmosfera e o aumento da temperatura em 4°C.

Quando Marte perdeu o campo magnético, sua atmosfera foi progressivamente eliminada.
Pontos de Lagrange ou pontos L são as posições em um sistema orbital em que um objeto pode estar em relação a objetos maiores.

Colônia humana
A magnetosfera artificial poderia desviar o vento solar, a exemplo do que acontece com um campo magnético natural.
O aumento da temperatura, por sua vez, poderia derreter o dióxido de carbono no polo norte do planeta. 
E isso criaria um efeito estufa que aumentaria ainda mais a temperatura até alcançar condições compatíveis com a presença de água no estado líquido.

Nasa prevê comunidade humana em Marte a partir da década de 2030.
"Uma atmosfera marciana com maior temperatura e pressão permitiria que houvesse água em estado líquido suficiente na superfície para melhorar a exploração humana na década de 2040", diz Green.
A blindagem magnética também facilitaria a chegada de missões ao Planeta Vermelho.
A Nasa revelou em 2015 o seu plano de viagem a Marte, que prevê a existência de uma colônia humana em 2030.
Para Green, se fosse criado um campo magnético artificial, "as novas condições em Marte permitiriam que os pesquisadores e exploradores estudassem o planeta com muito mais detalhes".
"E se isso for alcançado... a colonização de Marte não estará muito longe."

post: Marcelo Ferla

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'Hoje o mundo todo está deprimido, mas Brasil pode oferecer modelo alternativo'.


'Hoje o mundo todo está deprimido, mas Brasil pode oferecer modelo alternativo', diz Domenico de Masi.
Néli Pereira
Da BBC Brasil em São Paulo

Para Domenico de Masi, os brasileiros, mesmo deprimidos, ainda são 'o povo menos infeliz do mundo'.
O sociólogo italiano Domenico de Masi afirma que o estilo de vida atual - classificado por ele como estressante, competitivo e consumista - está deixando o mundo cada vez mais deprimido e que o Brasil pode ter um modelo alternativo, capaz de oferecer uma opção mais solidária e de reflexão.
Em entrevista à BBC Brasil, o autor de O Ócio Criativo é otimista em outros aspectos da vida brasileira: acredita que a trajetória de miscigenação pode representar um exemplo à intolerância e confia na cultura pacífica da nossa sociedade.
"O Brasil, apesar de deprimido, continua o povo menos infeliz do mundo", disse
"Em geral o Brasil conserva uma visão equilibrada do tempo, onde trabalho e lazer têm igual importância. Este é um sinal positivo de sabedoria".
Embora reforce os aspectos positivos, De Masi critica o que classifica como uma "infantilidade" do povo brasileiro quando muda de opinião a respeito de algumas personalidades políticas como o ex-presidente Lula e o atual presidente, Michel Temer.
Ele ainda compara a Operação Lava Jato à semelhante Mãos Limpas, que ocorreu na Itália na década de 1990, e diz que "a tempestade judiciária" pode ter um importante efeito pedagógico no país.
Leia abaixo trechos da entrevista.
BBC Brasil - Uma pesquisa recente da Organização Mundial da Saúde mostra que o Brasil é o país mais deprimido e ansioso da América Latina. 
Apesar disso, há um estereótipo do povo alegre. 
O que poderia explicar tanta depressão?
Domenico de Masi - Quando eu vinha ao Brasil 30 anos atrás, saía de uma Itália eufórica e chegava a um Brasil deprimido. 
Quando eu vinha ao Brasil 15 anos atrás, saía de uma Itália deprimida e chegava a um Brasil eufórico. 
Hoje saio de uma Itália deprimida e chego a um Brasil deprimido.
Hoje em dia o mundo todo está deprimido, como tento demonstrar no livro O Futuro Chegou, onde procuro encontrar as razões para isso. 
Quanto mais o mundo adota um modelo americano, feito de competitividade, de estresse e de consumismo, mais se deprime. 
Neste livro, descrevo quinze modelos de vida antigos, da Grécia à Idade Média, e modernos como sociedade industrial e pós-industrial. 
Comparando estes quinze modelos é possível entender que o Brasil, apesar de deprimido, continua o povo menos infeliz do mundo.

De Masi acredita que mundo está mais deprimido por causa do estilo de vida competitivo e estressante.
BBC Brasil - No mesmo livro o senhor fala, que o Brasil "pode se dissolver na confusão ou gerar o modelo inédito de que o mundo precisa". 
O que está acontecendo - estamos dissolvendo ou gerando esse modelo?
De Masi - Não sei dizer. 
Depende dos intelectuais brasileiros. 
Ao longo da história, os modos de vida para uma nova sociedade não foram elaborados por políticos, ou por sindicatos, nem mesmo por empreendedores, ou executivos. 
Eles foram elaborados por intelectuais, artistas e humanistas. 
O livro Trópicos Utópicos, do economista Eduardo Giannetti, representa uma excelente contribuição neste sentido.
BBC Brasil - Mas que modelo seria esse que o Brasil poderia gerar?
De Masi - Um modelo menos focado na concorrência e na velocidade e mais na solidariedade e na reflexão. 
Um modelo menos voltado à satisfação das necessidades alienadas - riqueza e poder - e mais voltado à satisfação das necessidades radicais como introspecção, amizade, amor, jogo, beleza e comunhão.
BBC Brasil - Nesse aspecto, somos um país conhecido pela diversidade cultural e sincretismo religioso, mas com registros de vários casos recentes e violentos de intolerância. 
Há uma mudança ou sempre houve esses outros aspectos?
De Masi - No mundo todo existem espaços de intolerância, de fechamento e de agressividade. 
Mas me parece que, nestes aspectos, o Brasil seja melhor dos outros países. 
Por exemplo: a Europa sempre se dilacerou em guerras entre as várias nações que a compõem, assim como os Balcãs e os países asiáticos, os Estados Unidos - que estão em guerra permanente e mundial desde que existem - o mesmo com a Rússia. 
O Brasil, entretanto, em 500 anos, conduziu apenas uma guerra, contra o Paraguai, e nenhuma guerra contra os outros 10 países vizinhos. 
Trata-se de uma diferença profunda em favor do Brasil e de sua cultura pacífica.
BBC Brasil - Mas o Brasil vive uma onda recente de polarização política. 
Que impacto essa divisão pode ter no médio e longo prazo?
De Masi - Visto da Europa, o caso do Brasil parece um tanto paradoxal. 
Ao longo dos oito anos de governo Lula, o carisma do presidente e a passagem de milhões de brasileiros do sub-proletariado ao proletariado, e do proletariado à classe média, deram ao Brasil uma grande admiração internacional.
Ao longo do primeiro mandato do governo Dilma, a imagem do Brasil aos olhos do resto mundo continuou muito positiva. 
Em seguida, logo no começo do segundo mandato, surgiram péssimas noticias sobre o Lula, muitos integrantes dos governos do PT foram acusados de corrupção, Dilma sofreu o impeachment. 
Lula, que antes era aplaudido por multidões enormes, chegou a ser vaiado ao entrar em restaurantes. 
Recentemente, chegaram do Brasil mais duas noticias contraditórias: membros do novo governo Temer também estão sendo acusados de corrupção e nas pesquisas pré-eleitorais Lula parece ser mais uma vez o favorito.
A impressão que esta situação gera é de que o povo brasileiro esteja se comportando de maneira infantil, mudando rapidamente de opinião, principalmente influenciado pela mídia de massa. 
A mídia, por sua parte, amplifica e manipula a luta entre os partidos políticos conduzida por meio de ações judiciais, assim como aconteceu na Itália em 1992 com a Operação Mãos Limpas.
Eu espero que a Operação Lava Jato tenha no Brasil efeitos melhores daqueles que a Operação Mãos Limpas teve na Itália. 
Espero, portanto, que o Brasil saia desta fase dramática com governantes e empreendedores menos corruptos. 
Mas, por enquanto, o maior efeito gerado foi uma maior precariedade do proletariado e da classe média.

O sociólogo critica a forma como brasileiros mudam a opinião sobre personalidades como o ex-presidente Lula.
BBC Brasil - A Operação Lava Jato está completando três anos neste mês. 
Como ela se compara à Mãos Limpas e como o senhor avalia o impacto dela até agora e daqui pra frente?
De Masi - Passaram-se 25 anos desde a Operação Mãos Limpas (1992). 
Depois daquela operação, tivemos 20 anos de governo Berlusconi - o pior depois do fascismo. 
Silvio Berlusconi transformou a corrupção em sistema, foi condenado, foi expulso do Senado da República, mas é ainda hoje o líder da direita italiana. 
Seu grande aliado foi o presidente americano George W. Bush. 
Eu espero que no Brasil, depois desta tempestade judiciária, não surja um líder de direita, aliado com o novo presidente americano Donald Trump.
Hoje a grande luta política no mundo tem apenas dois grandes protagonistas: o neoliberalismo - que aumenta as distâncias entre ricos e pobres e reduz a classe média, e a democracia social - que diminui a distância entre ricos e pobres e aumenta a classe média. 
Espero que o Brasil saiba fazer uma escolha democrática. 
Caso contrário, verá aumentar a pobreza, a violência e a corrupção, submetendo-se a um fascista como Trump.
BBC Brasil - A Lava jato pode mudar a percepção de corrupção do brasileiro?
De Masi - Ver alguns milionários e superpoderosos na prisão, reconhecidamente culpados por corrupção escandalosa, representa certamente um evento pedagógico de grande impacto. 
Esta lição demonstra que, em uma democracia pós-industrial como o Brasil, ao lado dos desonestos existem também homens corajosos e recursos técnicos capazes de vencer a criminalidade. 
Demonstra que os poderosos não são invulneráveis e que a honestidade paga mais do que a corrupção.
Mas os homens corajosos que conduzem esta guerra contra a corrupção devem ser ajudados pelo consenso explícito e caloroso de toda a parte sã da população. 
Nesta comunhão de pessoas honestas, um papel determinante cabe à mídia que, com seu poder de comunicação e manipulação, pode apoiar a parte sã do país e ajudá-la a se libertar da opressão dos corruptos.
BBC Brasil - Aqui no Brasil prevalece uma percepção de que 'o outro' é corrupto. 
Em geral, não se assume responsabilidade pelas pequenas corrupções do dia a dia. 
Esse é um traço nosso que pode ser alterado?
De Masi - Isso corresponde a um mecanismo natural de defesa, onde cada um de nós se acha mais honesto que os outros. 
É um fenômeno universal, muito perigoso, porque o que envenena a vida de um povo não é apenas a corrupção dos superpoderosos, mas também a pequena corrupção difusa na sociedade toda.
O crescimento de um povo depende de sua honestidade difusa em todos os níveis graças à educação recebida nas escolas e ao exemplo das elites intelectuais.
BBC Brasil - Pensando em "O Ócio Criativo", o senhor já escreveu que o brasileiro aprendeu muito com o índio sobre o ócio, mas há atualmente na nossa sociedade uma espécie de glorificação do "estar ocupado". 
Por que isso acontece?
De Masi - O Brasil tem uma grande riqueza de culturas diferentes. 
Algumas áreas, como o Estado de São Paulo ou a Barra da Tijuca, no Rio, são mais americanizadas e o tempo é vivido segundo os modos industriais: com grande estresse e horas extras no trabalho.
Outras áreas, como a Bahia e Recife, estão, ainda hoje, vinculadas a modelos de vida que refletem uma grande influência indígena e africana. 
Mas em geral o Brasil conserva uma visão equilibrada do tempo, onde trabalho e lazer tem igual importância. 
Este é um sinal positivo de sabedoria.

De Masi diz que Lava Jato, liderada pelo juiz Sérgio Moro, pode ter efeito pedagógico importante no combate à corrupção.
BBC Brasil - Há muita gente "ociosa" no Brasil por causa do desemprego. 
Como melhor utilizar esse tempo "livre" quando se está deslocado do mercado de trabalho?
De Masi - A porcentagem de desempregados no Brasil é igual á porcentagem europeia e é menor do que a italiana. 
Na Itália 40% dos jovens se encontram desempregados. 
Na Espanha, o desemprego é o dobro do que no Brasil. 
Daqui a alguns dias, será publicado no Brasil, pela editora Objetiva, meu novo livro Alfabeto da sociedade desorientada. 
Nele eu defendo a tese de que na atual sociedade pós-industrial o desemprego não é reflexo unicamente da crise financeira e econômica, mas sobretudo da globalização e do progresso tecnológico.
Em qualquer lugar estas duas causas irão aumentar no futuro próximo, com a chegada da inteligência artificial, das nanotecnologias e das impressoras 3D. 
No momento em que a crise financeira e econômica terminarem, os empreendedores terão mais dinheiro para investir, mas, em vez de empregar novos trabalhadores, comprarão novos robôs.
BBC Brasil - O brasileiro é conhecido por trabalhar muito, mas tem pouca produtividade. 
A que se pode atribuir isso?
De Masi - A pouca produtividade se dá ou por atraso tecnológico, ou por incapacidade de organização.
BBC Brasil - Num momento em que se fala tanto de fechamento de fronteiras, o Brasil tem uma trajetória de mistura, de miscigenação. 
De que forma essa trajetória pode ser um ativo importante nesse momento?
De Masi - A maior riqueza do Brasil é a convivência relativamente pacífica entre dezenas de diferentes etnias, que chegaram ao longo dos séculos e que se formaram a partir do século 16. 
Diferentemente dos EUA, onde existe ainda um forte apartheid entre as raças, no Brasil as raças se juntaram em uma mistura plena de criatividade e comunhão. 
Neste aspecto, o Brasil é uma vanguarda no mundo, porque todos os povos do planeta, graças à emigração, à mídia e à internet, irão se misturar tendo o Brasil como exemplo.
BBC Brasil - No revés da globalização, há um conservadorismo, além da discussão sobre o fechamento de fronteiras. 
Que avaliação o senhor faz da globalização atualmente?
De Masi - Fechar as fronteiras é uma tentativa delirante, e destinada a falir, de bloquear homens e átomos. 
O que hoje não conhece fronteiras é a passagem dos bits. 
A globalização informática é irreversível e arrasta consigo a globalização das ideias, da economia, da vida.

post: Marcelo Ferla

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