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segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Hussein bom - 2ª parte





















O Hussein bom – 2ª parte

Aos leitores que já tiveram a oportunidade de ler a primeira parte deste material, gostaria de avisar de que esta segunda parte será muito mais proveitosa. 
Digo isso porque logo depois de ter presenciado tantas guerras e tanta morte, a única coisa em que pensava como já tinha dito no primeiro texto, era que algo surgisse para acabar com tudo que já tinha ocorrido.

O dia em que comecei a ter mais esperança, e confesso que até o presente momento estou com muita, foi mais precisamente no dia 28 de agosto de 2008, dia em que foi formalizada, pelo partido Democrata americano, a candidatura de um negro para a corrida presidencial deste mesmo país. Inicialmente fiquei muito surpreso com o ocorrido, um país que até bem pouco tempo atrás, mais precisamente 40 anos, segregava seus negros, não deixando estes nem sentarem nas mesmas cadeiras em que os brancos sentavam, estava agora colocando um negro na corrida da maior potência mundial.

O rapaz o qual me deparei, e mais tarde fui ver quem era, sim, porque sendo negro, filho de um queniano, americano e tendo chegado até este ponto, apesar e tudo isso, conseqüentemente ele deveria ser alguém, não seria um qualquer.

Se chamava Barack Hussein Obama II, nascido em 04 de agosto de 1961, em Honolulu, no estado americano do Havaí, filho de Barack Obama, um economista queniano, nascido em Nyang’oma Kogelo, distrito de Siaya, Quênia e de Ann Dunham, antropóloga americana, branca, nascida em Wichita, no estado do Kansas, Estados Unidos. Seus pais conheceram-se enquanto freqüentavam a Universidade do Havaí em Manoa, onde seu pai era um estudante estrangeiro.

O tal Barack era graduado em Ciências Políticas pelo Universidade de Columbia, localizada em Nova Iorque, cursou, posteriormente, o curso de direito na Universidade de Harvard, onde se graduou em 1991.

Até aqui duas coincidências, ele era meu colega de profissão, advogado e tinha se formado no mesmo ano em que debutei na minha primeira guerra ao vivo (Guerra do Golfo em 1991), mais não me abati por conta dessas coisas, até porque tinha mais, não parava por ai.

O tal de Obama, ainda havia atuado como líder comunitário e como advogado na defesa de direitos civis até que, em 1996, foi eleito ao Senado de Illinois (Orgão integrante da Assembléia Geral de Illinois, que constitui o poder legislativo local), mandato para o qual foi reeleito em 2000. Havia ainda entre 1992 e 2004 lecionado Direito Constitucional na escola de direito da Universidade de Chicago.

Depois disso, já tendo tentado, em 2000, eleger-se, sem sucesso, ao Congresso Americano, anunciou, em janeiro de 2003, sua candidatura ao Senado dos Estados Unidos. Após vitória nas eleições primárias, foi escolhido como orador de honra para a Convenção Nacional do Partido Democrata em julho de 2004.
Em novembro, foi eleito Senador dos Estados Unidos pelo estado de Illinois com 70% dos votos. Em 04 de janeiro de 2005 assumiu o atual mandato, o qual tinha duração até 2011.

Como membro da minoria democrata no período entre 2005 e 2007, ajudou a criar leis para controlar o uso de armas de fogo e para promover maior controle público sobre o uso de recursos federais. Neste período, fez viagens oficiais para o leste europeu, o oriente médio e África. Na atual legislatura, contribuiu para a adoção de leis que tratam de fraude eleitoral, da atuação de lobistas, mudança climática, terrorismo nuclear e assistência para militares americanos após o período de serviço. O cara realmente era bom, nossa.

Veio fevereiro de 2008, mais precisamente 10 de Fevereiro de 2007. Barack Hussein Obama II declara-se candidato às primárias na candidatura interna de seu partido (Democratas) a corrida presidencial, tendo, a princípio, pouca experiência governativa e a grande concorrência no seu partido, de Hillary Clinton. Duvida cruel esta, pensei com meus botões. De um lado, uma mulher sendo a primeira na história daquele país a concorrer a tal possibilidade e do outro um negro, na mesma corrida, fato também inédito por aquelas bandas. Logo pensei comigo, “já estou feliz, o que der, deu, vem bem, as coisas vão mudar”, mais não havia terminado. Algo estava acontecendo.

O primeiro sinal que tive, e confesso que não dei muita bola àquela altura, foi um comentário que tinha visto de Arnaldo Jabor em um jornal noturno, o de que provavelmente Barack Obama perderia para Hillary Clinton, mais que já era algo muito bom ele ter chegado até lá, um bom sinal. Logo depois, li que o mesmo candidato já havia recebido apoio do jornal diário nacional daquele país o The Boston Globe. Realmente algo diferente estava acontecendo por aquelas bandas dos States. Veio o resultado das primárias e com eles a surpresa.

Barack Obama ganhou a primeira eleição primária pelo Partido Democrata, em Iowa, no dia 3 de janeiro de 2008, saindo na frente de Hillary Clinton e John Edwards. Já na segunda, Hillary Clinton bateu Obama por três pontos percentuais nas primárias do Nova Hampshire.

Durante os cinco primeiros meses de 2008, Obama e a Sra. Clinton protagonizaram uma ferrenha disputa pela nomeação a corrida presidencial, vindo a ser esta decidida no final do mês de Maio, quando o senador, negro, americano, filho de um queniano e muito graduado, ultrapassou os 2118 delegados necessários para lhe garantir a nomeação (2156 de Obama contra 1923 de Hillary Clinton). O impossível tinha acontecido.

A 04 de Junho, depois de vencer as primárias do partido no estado de Montana, Barak Obama assumiu-se como o candidato dos democratas para as eleições de 04 de Novembro, embora tenha ainda de aguardar pela convenção do Partido Democrata, que ocorreria em Agosto, em que seria formalmente nomeado. No dia 7 de Junho Hillary Clinton desiste a sua candidatura apoiando Obama a concorrer às presidenciais.
Em 28 de agosto de 2008, Obama foi nomeado oficialmente para concorrer à Casa Branca contra o republicano John McCain.

O carinha, aquele lá do início, negro, inteligente, filho de um queniano, havia surpreendido até Arnaldo Jabor, o qual respeito muito e gosto, ele tinha conseguido, concorreria à presidência dos EUA. A essa altura eu já delirava. Mais não tinha terminado. Ele faria muito mais, conseguiria mais.
Continua…..

Marcelo Ferla

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